“O Tarô possui em suas origens, antecipações em padrões profundos do inconsciente coletivo, com acesso aos potenciais de maior percepção à disposição desses padrões. Consequentemente uma viagem através das cartas é também uma viagem às nossas próprias profundezas, como ser humano.”
Sallie Nichols
Simples assim! Isto é, simples a definição, o que não quer dizer que o simples seja fácil. É comum essa confusão entre simples e fácil, mas não são iguais. Gosto muito do exemplo do fio. Cortar um fio com um alicate pode ser simples, isto é, essa tarefa é composta de uma única ação, um elemento básico. A ação em si é simples para qualquer pessoa, ela só precisa ter acesso a ferramenta. Porém, pode não ser fácil! Imagine que você está diante de um painel com vários fios coloridos e você precisa cortar um único fio (simples), mas tem que ser o certo, caso contrário, tudo explode. Cortar o fio, para quem sabe qual, é fácil! Mas se você não sabe, essa tarefa se torna muito complexa. Algo ser fácil é relativo: fácil para que? Para criar, para utilizar? Fácil para quem?
O tarô nos oferece uma viagem que é simples, tudo o que você precisa é, “simplesmente” estar disposto a fazer essa viagem. Assim que você se decide, a viagem começa. No entanto, pode não ser fácil. A complexidade está diretamente atrelada ao grau de comprometimento do viajante e do quão ele está envolvido com o processo de autoconhecimento.
Assim como o alicate, uma ferramenta que tem muitas utilidades a serem exploradas e só depende de quem o manuseia, o tarô também segue essa mesma premissa. Sendo só um instrumento, o segredo está justamente em quem faz uso das cartas. Por isso temos a famosa expressão “dar as cartas”. Quando uma pessoa demonstra grande maestria em certo assunto ou é responsável pelas regras de como algo (um projeto, por exemplo) funciona, dizemos que “essa pessoa é quem dá as cartas”. É como diz aquele velho ditado: “Quem dá as cartas, controla o jogo!” Pensando nisso, temos uma pergunta básica: “Quem dá as cartas na sua vida?” A pergunta é simples, mas pode não ser fácil. Simples porque pode ser respondida com apenas uma palavra e não é necessário um conhecimento profundo da língua Portuguesa para poder compreendê-la. Pode não ser fácil porque requer uma análise e até mesmo um certo grau de consciência para saber se você tem consciência do que de fato acontece na sua vida, uma habilidade conhecida como metaconsciência (a consciência da própria consciência). Por exemplo, em um primeiro momento podemos achar que estamos no comando porque tomamos as decisões, mas analisando mais a fundo, será? Quando nos perguntamos o motivo pelo qual moramos nesse lugar, estamos exercendo esse trabalho, vivemos nesse relacionamento e percebemos que a decisão não está exatamente em harmonia com o que desejamos, mas foi uma decisão tomada em virtude das circunstâncias, como por exemplo, continuar a fazer um trabalho que não traz satisfação ou realização mas é preciso devido as responsabilidades assumidas, manter em um relacionamento desgastado porque é a sua fonte de sustento – quem (ou o que) de fato está “dando as cartas” na sua vida? A profundidade da qual o tarô pode nos conduzir, como menciona Nichols na citação acima, depende única e exclusivamente da nossa deliberação. Pode não ser fácil, mas uma coisa é certa, a recompensa é garantida! Isso me lembra uma outra frase do Steve Jobs, um dos fundadores Apple: “O simples pode ser mais difícil do que o complexo: é preciso trabalhar duro para limpar seus pensamentos de forma a torná-los simples. Mas no final vale a pena, porque, quando chegamos lá, podemos mover montanhas”. É isso! Nos embrenhamos nessa viagem e mergulhamos na complexidade que existe para trazer clareza ao processo e torná-lo absolutamente simples e assim temos a oportunidade de mover montanhas quando descobrimos a força que existe em nós, em cada um de nós. A força necessária para saltar o abismo, como o primeiro arcano, o LOUCO!
Sabendo de antemão que os desafios podem surgir e a probabilidade é bem grande para que isso aconteça, podemos contar com o auxílio da Aromaterapia para realizar essa viagem. Além de estarmos muito bem acompanhados, teremos suporte para lidar com as questões que o caminho revela.
Com base nisso foi desenvolvido o curso Aromaterapia e o Tarô: Uma Jornada (Aromática) do Herói. Aqui entre nós, qualquer pessoa que se dispõe a fazer essa jornada rumo às suas próprias profundezas já é um herói, não é mesmo? No caso do curso, além de estudar o mito do herói, que é a estrutura para contar histórias desenvolvida por Campbell, e o perfil de cada um dos Arcanos Maiores com a sua associação arquetípica, também será abordado os óleos essenciais que representam cada carta, isto é, o óleo essencial Assinatura do Arcano. Sem dúvida alguma podemos associar mais de um óleo essencial os Arcanos. Para iniciar a jornada, por exemplo, e assim aventurar-se, seguindo o chamado recebido, o LOUCO se beneficiaria com o uso de óleos essenciais que o ajudassem a desapegar-se de velhos padrões, lugares, coisas e pessoas – um movimento que o óleo essencial de Cipreste (Cupressus sempervirens) realiza (e nos ensina) com primazia! Porém só o desapegar-se não é o suficiente! É preciso ter coragem e para que essa virtude se manifeste, é preciso ter um motivo para ação, um motivo muito bom para se lançar no penhasco – é preciso motivação! O óleo assinatura é aquele que tem a maior representação do que cada Arcano preconiza, levando-se em consideração todos os elementos, desde a assinatura botânica da planta até os princípios ativos do óleo essencial e sua atuação física e principalmente metafísica.
A jornada já começou e se você correr ainda dá tempo de embarcar nela! Que vai ser fácil nós não podemos garantir, mas que será gratificante e com inúmeras possibilidade de aprendizado e partilha, isso a gente assegura. Só é preciso que você esteja aberto ou aberta para se defrontar com alguns mistérios e enigmas, tais como: quem de fato “dá as cartas” na sua vida, o que o seu coração realmente deseja e outros. Que a força e os óleos essenciais estejam com você!
Boa viagem.
Namastê!
Kátia Veloso
