“Como será o amanhã,
Responda quem puder (bis)
O que irá me acontecer
O meu destino será como Deus quiser.”
Esses versos fazem parte do famoso samba-enredo da escola de samba União da Ilha do Governador, eleito como campeão do carnaval carioca de 1978 pelo povo, que até hoje, mais de 40 anos depois, continua cantando esses versos para celebrar a folia do carnaval em todo país. Com o título “O Amanhã”, esse samba narra a busca de uma pessoa para descobrir o que vai acontecer no seu futuro: A cigana leu o meu destino/ Eu sonhei/ Bola de cristal, jogo de búzios, cartomante/ Eu sempre perguntei/ O que será o amanhã?/ Como vai ser o meu destino?
Independente da forma utilizada para consulta, não há uma só pessoa que não tenha feito essa pergunta ao menos uma vez na vida ou mesmo para si próprio: “Como será o meu amanhã?” Tal curiosidade faz parte da natureza humana.
Seguindo com essa reflexão de uma forma mais analítica e racional, o famoso professor e consultor, considerado o pai da administração moderna , Peter Drucker¹, afirma que “a melhor maneira de prever o futuro é cria-lo”. Simples assim! Como isso é possível? Observe o que você está fazendo hoje e saberá exatamente o que irá acontecer contigo amanhã. Obviamente essa questão perpassa pelos temas que estão sob nossa governabilidade, como por exemplo, uma pessoa que hoje é um(a) fumante terá a propensão de ter problemas de saúde no sistema respiratório, uma pessoa que não tenha o mínimo de atenção em relação a sua alimentação, poderá apresentar distúrbios no trato digestivo, uma pessoa que não cultiva bons relacionamentos hoje, está sujeita a sentir-se solitária (não sozinha), e assim por diante. Nossas ações agora e os hábitos de hoje estão moldando o que podemos chamar de futuro, no curto e principalmente no longo prazo.
O interessante é observar onde está sendo colocado o foco nessa questão e isso também é uma deliberação nossa – nós escolhemos! Muito mais importante do que perguntar “o que irá me acontecer” é indagar e refletir sobre “como posso lidar com o que irá acontecer”, isto é, como eu lido com as situações que surgem na minha trajetória.
Por mais que o futuro se apresente claro como cristal, certamente há a imprevisibilidade dos acontecimentos, como no caso da pandemia que se instaurou este ano (embora muitos jurem de pés juntos que haviam previsto essa situação). Mesmo que a ação tenha sido vislumbrada e divulgada anteriormente, há algo que sempre permanecerá incógnito: a sua intensidade na história de cada um de nós, pois cada indivíduo reage a ação e ao fato de acordo com suas crenças e concepções da situação vivenciada. Nosso desejo de saber o futuro é motivado para que de antemão do que irá acontecer, possamos estar preparados. Se essa é ação principal, porque não utilizar os recursos a nossa disposição hoje para nos preparamos então, independente do que acontecer?
Quanto mais preparados estivermos, maior será nossa capacidade de lidar com qualquer ação que ocorra, seja ela qual for. Se você soubesse hoje que amanhã ficaria milionário ou perderia todo o seu dinheiro, ainda sim teria que lidar com a situação. Em um primeiro momento ficar milionário seria muito melhor… Será mesmo? Há várias histórias de pessoas que ganharam na loteria e hoje não só perderam tudo como não se sentem felizes e também temos histórias de pessoas que ao perderem tudo ficaram livres para arriscar (já tinham perdido tudo mesmo) e deram a volta por cima com muito sucesso. O que encanta nessas histórias não é o que acontece, isso é um pano de fundo, seria como o ator coadjuvante para o principal, que é a forma como a pessoa escolheu passar por essa experiência. Tirar o foco do acontecimento e voltar esse olhar para nós é um movimento libertador e crucial por dois motivos:
1º) Elimina a ansiedade da espera do que será que vai acontecer. Seja lá o que for, estou pronto(a) para lidar e assimilar o aprendizado agregado a essa situação.
2º) Deixa claro que a responsabilidade é minha, sou eu que estou no comando e por isso posso escolher como vivenciar essa experiência.
Sabemos que nem sempre isso é fácil, aliás na maioria das vezes é muito desafiador e é por isso que é perfeitamente natural buscar ajuda e apoio para nos auxiliar a compreender essa responsabilidade e até mesmo a lidar com todas as implicações que ela acarreta, o que nos remete a uma palavra-chave desse processo: flexibilidade.
Neste último final de semana estudamos o módulo VII do curso de formação, cujo foco foi o sistema musculoesquelético. Discutimos sobre a importância de permanecer em movimento, de ter um corpo flexível, independente da idade, para manter nossa capacidade de ir e vir e de nos expressarmos. Podemos observar, por exemplo, a imobilidade que atinge algumas pessoas que tem o privilégio de poder vivenciar a fase da melhor idade.
A flexibilidade física perpassa pela flexibilidade mental e emocional. Pensamentos rígidos nos levam a enrijecer o nosso corpo e para essa questão podemos contar com a Aromaterapia e o suporte oferecido pelos óleos essenciais para, popularmente dizendo, “lubrificar” as nossas “juntas” e assim nos manter ativos e flexíveis.
O destaque é que os óleos essenciais atuam no nível mental e emocional também, promovendo essa mobilidade desejada em todos os níveis e entre eles podemos destacar o Manjericão doce (Ocimum basilicum qt. linalol), Cipreste (Cupressus sempervirens), Copaíba (Copaifera officinalis), Wintergreen (Gaultheria procumbens) e Alecrim (Rosmarinus officinalis, qt. cineol), entre outros – o importante é verificar a finalidade, a melhor forma de aplicação, a quantidade ideal e o tempo de uso.
no nível espiritual, o óleo essencial de Rosa (Rosa damascena) nos leva do isolamento para a percepção de que somos amados. No nível emocional, é a doçura do óleo de Benjoin (Styrax benzoin), também mencionado nas escrituras sagradas, que nos leva da resistência para nossa capacidade de mover-se e ser produtivo. No nível mental podemos contar com o óleo essencial de Lemongrass (Cymbopogon citratus), o famoso capim-santo ou capim-limão, quando há a restrição e precisamos da expansão e no nível físico, o óleo essencial de Everlasting, também conhecido como Sempre-viva, promove a adaptabilidade onde há imobilização.
Continue consultando os oráculos de sua preferência (sempre), pois muitos são excelentes instrumentos para promover a reflexão e inclusive o autoconhecimento, que também são fundamentais para qualquer futuro, porém fique atento – como disse o enredo, seja lá o que for que a cigana, os búzios, o sonho ou a bola de cristal lhe contar, expressamos aqui o nosso desejo de que você tenha flexibilidade para passar e lidar com todas as situações e sabedoria para compreender suas lições.
Namastê!
Profª. Kátia Veloso
Aromaterapeuta e Terapeuta Maha Lilah.
¹Peter Drucker: quem é, teoria na Administração, livros e frases. Disponível em: https://fia.com.br/blog/peter-drucker/ (último acesso em 13/11/2020).
2 Comentários
Como sempre Kátia expressa com leveza e doçura os caminhos árduos, que muitas vezes transitamos, entre a inflexibilidade e a disponibilidade.
Estarmos disponíveis nos permite compreender as nuances da vida e os imprevistos que podem acontecer hoje ou amanhã. Nada melhor do que nos permitirmos sermos como o bambu que adapta as situações através de sua flexibilidade .Ao regarmos as nossas raízes e nossas estruturas com estes maravilhosos óleos essenciais indicados seremos como o bambu: flexível, forte e capaz de manter -se firmes durante as tempestades
Interessante como somos responsáveis por tudo q fazemos e criamos ao nosso redor. Gratidão, sempre por nos ajudar em nossa evolução