“Não há limite para o que nós, como mulheres, podemos realizar.”
Michelle Obama
Celebramos ontem o Dia Internacional da Mulher, uma data que, como todas as comemorações, pode ser festejada e lembrada de diversas maneiras, indo desde a dor ou tristeza pela questão da desigualdade ainda presente até a alegria e o reconhecimento e da atuação feminina nas mais diversas áreas e assuntos ligados da esfera pessoal até a social (política, religião etc.). Aliás, esse celebrar pode também ser mesclado por esses dois pontos e suas nuances – todas essas opções válidas e plausíveis porque vivemos em um mundo de possibilidades infinitas.
Essa infinidade de perspectivas vai ao encontro da citação de Michelle Obama ao expressar que a capacidade de realização que a mulher possui faz com que qualquer limite/desafio seja superado. De fato, essa possibilidade é real e para que isso aconteça é fundamental que sejamos capazes de compreender isso – compreender não só com a mente racional, mas principalmente com o coração e essa ação de compreender com o coração é a força que impulsiona o acreditar. Talvez esse seja o primeiro obstáculo a ser transposto, inclusive porque ele pode estar camuflado a tal ponto que nem mesmo somos capazes de identificá-lo. Ele pode estar disfarçado e escondido por trás de uma crença/pensamento limitante há muito presente na nossa formação e que hoje até consideramos parte de nós e não enxergamos que é algo que carregamos na nossa bagagem e não mais agrega valor. Portanto se faz necessário trazermos esses limitantes para nossa consciência (o que por si só também já é um desafio) e uma vez feito isso, uma vez lançado luz sobre esse aspecto que precisamos identificar, então nos deparamos com a necessidade de encontrarmos força e motivação para agir em prol da eliminação dessa barreira. Pode ser que não seja possível eliminar completamente determinada crença/pensamento, mas se houver a possibilidade de expandir essa borda, já é um começo. Aos poucos, esse limite vai ficando cada vez mais distante e quando percebemos, já não existe mais. Paciência é chave para esse processo.
Esse movimento de trazer para consciência é importante, mas só isso não basta, é preciso agir. Identificar essa linha que demarca nosso espaço, nossas atitudes, nosso pensar, nosso sentir, o nosso ser e não procurar ações e/ou ajuda para revisar esses padrões, seria o mesmo que não tivesse sido alcançado tal conhecimento. O lado bom de tudo isso é que uma vez conscientes, a probabilidade da vontade de mudar se manifestar é enorme!
Para nos ajudar, além dessa vontade e outras ferramentas, podemos contar com o apoio dos óleos essenciais, como por exemplo o óleo da Camomila Azul (Matricaria Recutita), também conhecida como Camomila Alemã, cujo aroma auxilia justamente a nos libertarmos de velhos hábitos, ideias e crenças que já não fazem mais sentido na nossa vida, permitindo assim que possamos explorar espaços para além de quaisquer limitações autoimpostas. Simplesmente não há limites, uma lição valiosa que essa delicada flor generosamente nos ensina. Essa é a verdadeira liberdade.
O óleo essencial de Neroli (Citrus aurantium var. amara – flowers), com seu aroma requintado, sutil, delicado e adocicado vem em nossa assistência e amparo para nos ajudar a revisitar (e consequentemente reformular) os padrões da nossa vida. Isso é feito por meio do acesso daquele contato e conhecimento calmo e profundo do nosso eu superior (nosso eu verdadeiro). O delicioso perfume desse óleo nos conecta (como uma ponte) ao nosso interior, onde está um manancial que possibilita a renovação da força vital. Neroli nos ensina que sempre haverá a possibilidade de escolha.
Compreendendo que não há limites e que nossas crenças e padrões podem ser alterados e escolhidos (camomila e neroli), podemos compor um trio com a Menta conhecida como hortelã verde ou spearmint (Mentha spicata). Seu aroma mentolado e fresco propicia e fortalece o nosso compromisso com o processo evolutivo que nos submetemos quando atingimos a consciência dos nossos preceitos limitantes e empregamos ações para demovê-los. Menta spicata promove o alinhamento entre nossa energia e nossa intenção.
Porém, junto com o uso dos óleos essenciais, esteja atento(a) as atitudes e sutis manifestações dessas crenças limitantes e padrões de julgamento, que podem ser tão rápidas que a gente quase não se dá conta. Ao ver uma mulher que tem três ou quatro filhos e pensar (mesmo que por um milésimo de segundo) “coitada, essa não tem tempo pra nada na vida” ou ver uma mulher sem filhos e achar que ela não é feliz porque não é mãe; ao ver uma mulher que tem uma carreira bem sucedida e pensar “essa deve ter sacrificado a família pra chegar onde chegou” ou ver uma dona de casa e achar que ela não é feliz porque não se tornou um empreendedora de sucesso; ao ver uma mulher casada e pensar “que bom que ela tem uma marido para ajudá-la” ou ver uma mulher solteira e achar que ela não é feliz porque está sozinha – cuidado: você está alimentando e reforçando aquilo que é limitante, tanto no âmbito pessoal (suas crenças) quanto no âmbito coletivo (egrégora).
Lembre-se das infinitas possibilidades: uma mãe de trigêmeos pode ter sua vida organizada, nem todas tem o desejo de ser mãe, a maioria das mulheres ocupam cargos relevantes pelos seus próprios méritos, assim como há muitas que assumidamente se descobriram com vocação para se dedicarem exclusivamente ao lar; nem todo marido é de fato um companheiro e estar sozinha é muito diferente de ser solitária – é uma escolha e como tal deve ser respeitada. Ainda que todas essa crenças limitantes acima fossem verdadeiras (inclusive algumas mulheres podem estar sim nessas situações), mesmo assim é preciso levar em conta que cada uma está vivendo o seu processo evolutivo e aprendendo com ele e na medida que vão aprofundando o seu autoconhecimento, vão descobrindo aquilo que verdadeiramente as deixam felizes – ser mãe ou não, casar ou não, ser mãe e não casar, casar e não ser mãe, dedicar-se a carreira, aos estudos, ao lar – são tantas possibilidades, são infinitas combinações e cada uma é um universo único e tem em comum o fator que é incrivelmente e naturalmente forte: são mulheres!
Por isso, da próxima vez que encontrar uma mulher, seja ela uma mera desconhecida na rua ou alguém da sua família, quando um pensamento limitante em relação a ela surgir na sua mente, inale (se tiver um roll-on, por exemplo) ou até mesmo lembre-se dos aromas desses óleos mencionados e em seguida pense – cada uma está vivendo e evoluindo no seu ritmo e independente da sua escolha, ela é uma MULHER…
“A energia do sagrado feminino que habita em mim, habita nela também. A energia do sagrado feminino que habita nela, habita em mim também. Eu amo você porque eu amo a mim! Você é uma mulher como eu e eu sou uma mulher como você. Reconheço a sua essência assim como reconheço a minha. Receba meu respeito e afeto”.
Ao emanar um pensamento positivo como esse, iniciamos uma onda que fortalece a quem o emitiu, a quem o recebe e todas as outras mulheres. Segundo a escritora e poetisa americana Maya Angelou: “Toda vez que uma mulher se defende, sem nem perceber que isso é possível, sem qualquer pretensão, ela defende todas as mulheres.” Há uma conexão energética que une todos os seres humanos e em especial há essa ligação que une todas as mulheres e poder fazer parte do lado positivo dessa sororidade é de uma inacreditável força física, mental, emocional e espiritual. Por isso certamente somos muito mais fortes (muito mais fortes) do que podemos imaginar. De fato, juntas então… somos mais fortes mesmo!
E que essa irmandade possa ser cada vez mais aromática, saudável, feliz e amorosa.
Namastê!
Profª. Kátia Veloso
Aromaterapeuta e Terapeuta Maha Lilah.