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Aromaterapia, Ancestralidade e as Olimpíadas

“Eu queria que minha avó estivesse viva para ela ver isso. Para ver o que eu me tornei, o que eu consegui fazer pelos meus pais, por aqueles que estão ao meu redor. Não sei, não tenho palavras, só tenho a agradecer, realmente. É algo que eu almejei bastante, que eu sonhei. Tá lá do lado da minha cama essa frase que eu falei no início (“Diz amém que o ouro vem”). Todo dia eu orei às 3h da manhã, pedi a Deus que ele realizasse meu sonho. E taí, meu nome está escrito na história do surfe”          

           Ítalo Ferreira

 

Sem dúvida alguma as Olímpiadas é um evento excepcional. O que faz com que esse período seja tão incrível é justamente o fato de ser feito por pessoas extraordinárias. A cada edição do jogos há uma quebra de recorde, há alguém que foi mais rápido, mais forte, mais alto, mais longe e mais e mais. Essas pessoas conquistam o lugar mais alto do pódio e simbolicamente são agraciadas com ouro, nosso metal mais nobre, em uma alusão a nobreza pelo seu feito. Que esse é um momento de glória, não resta dúvidas. A conquista, por si só, já seria esplêndida, mas o que a faz tão significativa, relevante e admirável é todo o trabalho árduo que é feito anteriormente somado as escolhas (que exigem que se renuncie a algumas coisas) e a preparação (física, mental e emocional) ao longo do trajeto que culmina nessa realização.

Nesse momento tão especial podemos observar que o desejo de poder compartilhar esse momento com alguém é algo comum a todos que chegaram até esse lugar de notoriedade e entraram para a história. Essa vontade é tão latente que assim que sai o resultado e a certeza da vitória, se for um esporte em grupo, o abraço é entre eles, com os demais que estão no banco e o(a) técnico(a). Se é uma competição individual, a comemoração é feita com o técnico(a) e os competidores mais próximos. Quando recebem a medalha, há o congraçamento com aqueles que estão no pódio. Gestos fraternos que evidenciam: dividir o contentamento é a chave!

Vamos imaginar por um instante que houvesse o feito da vitória, mas não fosse possível compartilhar ou celebrar esse momento com alguém…será que esse feito teria a mesma importância? Somos seres sociáveis e estar juntos é uma premissa de quem nós somos!

Ainda é possível ir um pouco além! Muitas vezes esse desejo de compartilhar nossas conquistas é bem seletivo e nos faz querer que uma pessoa em específico estivesse conosco. Compartilhar com os outros é maravilhoso, porém poder dividir com essa pessoa em especial seria simplesmente fabuloso. Normalmente essa pessoa é alguém que compõe a nossa história, como pais, avós, irmãos, amigos e outros, enfim, pessoas que fazem parte da nossa família, tanto a de sangue quanto aquela formada pela lealdade da amizade e do afeto.

Inicialmente pode até parecer que é um desejo de agradar a essa família, e de fato é, mas não somente isso. Vai muito além! Queremos que essa (ou essas) pessoa(s) tenham orgulho de nós porque sabemos que isso será um sinal de que elas estarão felizes. É isso, queremos muito vê-las felizes! Aqueles que são por nós, que nos amam como somos e com as nossas escolhas, justamente por respeitá-las e que se sentem tão vitoriosos quanto nós quando conseguimos a tão almejada conquista.

Em uma das suas entrevistas, Rebeca Andrade, a primeira atleta campeã olímpica do país na ginástica artística, agradeceu todo suporte que recebeu da mãe, comentou o quanto a admirava, ressaltou que ela é o seu exemplo de força e concluiu dizendo que ela é um espelho do que a mãe dela é. Ítalo Ferreira, primeiro campeão olímpico do surfe, comentou que gostaria que a avó pudesse presenciar o seu feito histórico. Ao ouvir a declaração dele, confesso que fiquei emocionada porque eu também já senti isso!

Minha avó materna faleceu quando eu tinha 22 anos. Tive o privilégio de conviver com ela até quase metade da minha vida e embora reconheça isso, também acho que foi pouco porque eu queria mais. Eu desejei muito que a minha avó estivesse presente no dia do meu casamento. Meu avô estava e obviamente isso me deixou feliz, mas ainda assim eu queria que ela estivesse lá também. Como queria muito a presença (física) dela no dia do lançamento do livro que escrevi sobre aromaterapia e no dia que me mudei para casa onde moro hoje. Acredito que ela gostaria de tomar um chá com pão feito em casa no forno a lenha e conhecer a capelinha. Foi ela que me ensinou a fazer pão, na casa onde morava antes. Há o alento de acreditar que de alguma forma, em algum lugar, ela está acompanhando. Esse desejo e essa saudade são saudáveis, se esse sentimento não nos causar qualquer tipo de desconforto ou dor, caso contrário isso pode até interferir negativamente na nossa celebração e, às vezes, até impedir de desfrutar esse momento.

Há uma linha tênue aqui e é fundamental ter consciência dela para que possamos honrar aquelas/aqueles que aqui estiveram antes de nós, que nos empoderam com a sua força e com o seu exemplo e ao mesmo tempo nos permite vivenciar e saborear cada um desses momentos que são especiais e muito significativos em nossa vida, não importam quais sejam. A aromaterapia pode nos ajudar nesse processo com dois óleos essenciais que também são muito especiais para essa questão em particular: as camomilas, as avós da Aromaterapia!

A camomila alemã ou a azul (Matricaria recutita sin. Chamomilla recutita) com o seu aroma floral e herbáceo auxilia a observar e perceber onde você está segurando ou o que está segurando você e assim tolhendo a sua liberdade para vivenciar novas experiências. De acordo com Worwood¹, quando as leis do Criador parecem não ter significado para a vida na terra ou temos dificuldade de entender os desígnios superiores, a fragrância da camomila azul pode frequentemente nos ajudar a entender. Além disso, para os povos antigos, a camomila alemã era conhecida como uma erva uterina. O útero é onde nos formamos e permite a ligação com nossa mãe e nossa avó. Esse óleo representa essa conexão!

A camomila romana (Anthemis nobilis sin. Chamaemelum nobile), com o seu aroma acolhedor e relaxante, auxilia as pessoas que sentem uma tristeza nostálgica, inclusive quando essa tristeza aparece de forma repentina. Esse óleo essencial também traz liberdade porque proporciona o desapego ao ajudar a liberar a conexão emocional que foi estabelecida com o que nos deixa ressentidos, fazendo com que isso se torne parte do passado e não mais influencie o presente.

E você, também já sentiu vontade de compartilhar alguma conquista sua com alguém e que não foi possível?

Reforço, há o conforto de acreditar que de alguma maneira esse compartilhamento é feito.

Nossas conquistas são a oportunidade que temos de continuar a escrever a história dos nossos ancestrais, com a possibilidade de aprimorá-la sempre e viabilizando cada vez mais um caminho reverenciado, feliz e de bem-aventuranças para aqueles que estão por vir. Que assim seja e assim se faça.

Até a próxima!

Namastê!

 

Kátia Veloso

Educadora, Aromaterapeuta, Terapeuta Maha Lilah

 

¹WORWOOD, Valerie Ann. Aromatherapy for the Soul. New World Library, California, 1999.

 

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